Gabinetes. Secretárias. Estantes. Computadores. Cadeiras. Telefones. Telefaxes. Agendas. Impressoras. Papel. Sobras. De que é feita uma redacção?

07 fevereiro 2006

Relato da reunião geral da redacção 7/02/2005

O relato que se segue não é uma acta, para ser aprovada em votação. É apenas um resumo, da minha responsabilidade.

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Realizou-se hoje, 7 de Fevereiro de 2005, uma reunião geral de redacção do Comum online. No referido encontro de trabalho participaram 17 dos 43 membros da redacção actualmente registados. Das três editorias existentes – Sociedade, Cultura e Desporto – foi esta última que esteve menos representada.
No primeiro ponto da ordem de trabalhos, todos os membros presentes, repito todos, tiveram a oportunidade de apresentar o seu balanço sobre os primeiros dois meses de vida do Comum, que acabam de passar. A abrir, o Victor prestou a informação de que durante aquele período, foram colocadas online “pouco mais de 250 notícias”. O que dá, dividindo este número pelo número de dias, uma “média ligeiramente acima de 4 notícias por dia”.

Em seguida, quase todos os membros fizeram o seu balanço. Globalmente positivo, mas ainda com algumas falhas quer de produção quer em termos editoriais. É também uma opinião geral que a época de exames que acabou há dias prejudicou de certa forma o ritmo da redacção. Em jeito de comentário, o Victor assinalou que essa experiência deve ser aproveitada para preparar futuras épocas de exames de modo a não pôr em causa o fluxo normal de actualização do jornal, designadamente tomando medidas de precaução. Das intervenções e do debate que se seguiu, resume-se de seguida o essencial:

“É preciso dinamizar mais os géneros jornalísticos” e as abordagens, defendeu Cláudia Vieira (Cultura). Carla Marques, da mesma secção, destacou o seu acordo generico em relação às opções editoriais dos Destaques noticiosos. Por sua vez, Pedro Romano (Sociedade) sublinhou a necessidade de “priorizar certas áreas” da informação, nomeadamente na sua secção, já que esta abarca campos de interesse numerosos e diversificados. Por isso, concluiu Romano, é necessário estabelecer uma “hierarquia informativa”. Nesse sentido, destacou a importância do agendamento duplo que o novo editor de Sociedade, Samuel Silva, implementou na sua editoria depois de assumir aquelas funções (ver mais adiante).

Blog para secção Desporto?
Hélder Miranda (Desporto) questionou se não valeria a pena a sua secção também abrir um blog para facilitar a comunicação entre os membros da editoria de Desporto. Fazendo eco das preocupações do pessoal da secção Cultura, o editor respectivo, Hugo Torres, referiu que se instaurou nos membros daquela secção a sensação de que falta ao Comum uma agenda própria. Outro elemento da mesma secção (N.R.: desculpem, mas não apontei quem foi e esqueci-me) apontou falhas na gestão dos textos de opinião, designadamente a falta de actualização quer dos textos dos cronistas convidados quer dos textos do editorial, que “chegam a ficar lá três semanas”.

Menos tempo de espera para publicar textos
O Samuel Silva, recém-chegado ao cargo de editor de Sociedade, destacou que o próximo objectivo da sua secção é “dar um maior dinamismo nas notícias de última hora”. Referiu ainda as alterações que introduziu ao nível do agendamento e da revisão, explicando que a Sociedade passará a ter um sistema de agendamento duplo para as notícias não dependentes da actualidade. Ou seja, haverá uma agenda enviada à segunda-feira (para as questões a tratar nessa semana), além de uma segunda agenda, enviada a meio da semana, para assuntos a tratar com menos urgência (ou mais profundidade, conforme os casos).
Além disso, instituiu-se naquela secção a regra de dar um toque de telemóvel ao editor sempre que um redactor tenha colocado um texto para revisão e aprovação. Desta forma, pretende-se reduzir os tempos de espera dos textos para a colocação online que, durante os primeiros dois meses, teve picos de 24 horas, segundo informou o director, para quem esta foi uma das pechas do período anterior.
A ideia foi prontamente acolhida pelo editor de Cultura, tendo Hugo Torres confirmado, ainda durante o decorrer da reunião, um acordo entre os membros da sua secção para implementar de pronto o mesmo sistema “de aviso”.

Acabar com as “gralhas e erros”
No final de todas as intervenções (aqui destacam-se, de forma resumida, apenas as mais urgentes), o Victor apresentou a sua perspectiva de balanço destes dois meses. Começou por considerar que “o balanço é positivo”, atalhando que “a qualidade geral do trabalho da redacção só poderá sair diminuido pelas inúmeras gralhas e erros de gramaticais publicados nestes dois meses”. “Isso chama-nos a atenção para a importância do trabalho de revisão do próprio redactor e da verificação que incumbe aos editores”, frisou ainda.
Em segundo lugar, o director abordou a questão do agendamento, salientando três questões distintas mas interligadas: concordou com a crítica à ausência de uma “agenda própria” do Comum, salientou quase absoluta ausência de temas propostas pelos próprios redactores e referiu que muitas das propostas agendadas pelos editores não foram cumpridas. Assinalou também a falta de atenção dada à Universidade do Minho e à região em que esta se insere, defendendo um empenhamento mais forte nestas duas áreas temáticas.
Depois, entrando na qualidade dos textos, o director expressou a ideia de que “há muitos textos que denotam a existência de algumas dificuldades dos redactores ao nível dos saberes de reconhecimento, de procedimento e de narração que competem a um jornalista. Na sua opinião, no entanto, “as coisas têm vindo a melhorar e é de esperar que uma prática constante ajude aqueles que têm mais dificuldades nessas competências”, acrescentou.
A finalizar o seu balanço, o Victor apresentou sinteticamente algumas propostas de alteração do site e da própria estrutura informativa do Comum. Em causa estão, por um lado, alterações “de arranjo gráfico” na página do Comum – que em breve deverão ser tratadas com o webdesigner, segundo avançou na reunião o Hugo Torres – e por outro, uma reformulação das secções do jornal, no sentido de extinguir a dicotomia Nacional/Internacional, que vigora actualmente. A ideia defendida pelo Victor é que se criem duas secções distintas, mantendo aquelas designações, que ficariam ao nível das ja existentes (Sociedade, Cultura e Desporto), e não “acima” destas, como tem sido o caso. Com esta mudança, “as notícias não se dispersarão tanto pelo site e eliminaremos alguns problemas de classificação e de ‘arrumação’ das notícias”, sustenta.

Reuniões semanais e “brainstorming” nas secções
Uma vez que o debate foi intenso e longo, os assuntos referentes à planificação do trabalho da redacção, que era o segundo ponto da ordem de trabalhos da reunião, acabaram por ser discutidos a par com o balanço. Sobre a planificação há, no entanto, a destacar um apelo do director: que cada secção crie uma rotina de se reunir, no mínimo, uma vez por semana. “O objectivo dessas reuniões é acompanhar o trabalho que vai sendo feito e procurar um espaço para envolver todos num “brainstorming” permanente sobre os temas e as questões a trabalhar”, explicou o Victor.

A questão da formação...
Quanto ao ponto três da ordem de trabalhos, o Hugo Torres informou os presentes que nesta altura não é possível concretizar uma espécie de “curso de formação” com o apoio de alguns docentes do Departamento de Comunicação da UM. Para obviar a este impedimento, o Victor sugeriu que esse “curso” poderá avançar na mesma, caso haja um número mínimo de interessados, recorrendo-se para isso à “prata da casa” para ‘guiar’ essa formação.

Campanha de divulgação em preparação
O Hugo Torres, actual presidente do Gacsum informou depois, a propósito do quarto ponto da agenda, que aquela entidade está, nesta altura, a trabalhar num projecto de divulgação para o www.comumonline.net, envolvendo outras pessoas do curso de Comunicação Social. Outra ideia presente é que todos os membros podem, nesta fase, dar um contribut para a divulgação do site ao nível interno, dando assim início a um maior conhecimento público do jorna
Uma vez que ninguém quis usar da palavra ao abrigo do último ponto da agenda de trabalhos, dedicado a “outros assuntos”, a reunião encerrou cerca das 16h15.