A chave! A chave!

Pelo menos estou animado. E juro que não toquei no álcool e que as drogas estão guardadas para as visitas. De resto, o "vernissage" foi planeado para seguir a lei de Murphy. E isso anima-me porque quando a desgraça está prevista, poupa-se na surpresa. O que é importante, nesta época de penúria financeira.

Dentro de poucas horas, abre finalmente o estaminé. Não imaginam a ansiedade que me ataca por causa desta inauguração. Vocês sabem como é... o primeiro momento é sempre o primeiro. Mesmo quando o repetimos até perder de vista (a propósito, há quem diga que aqueles que repetem em demasia perdem mesmo a visão...) .

Animado. Era assim que eu devia estar. Porque finalmente estão feitas as arrumações, as limpezas. Acabam por ser tarefas sempre chatas e cansativas. Mesmo quando não se tem nada. Espero que gostem da decoração. Eu bem pergunto, desde há semanas, de que é feita uma redacção, mas deve ser tão desinteressante que não obtive resposta.

As chaves do T5 sem paredes nem divisórias que nos cederam nesta rua de má fama seguem dentro de minutos. Só para pessoas seleccionadas*.

NOTA: Se achas que devias ter recebido um convite e não recebeste, queixa-te ao provedor do leitor do Inatel Tempo Livre (+ de 178 mil exemplares vendidos por edição). Ou então toca à campainha.

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*Para proveito dos outros, do "jet set", os croquetes serão servidos logo no rés-do-chão, junto à porta de acesso ao elevador n.º 4. Assim, escusam de subir. Os respectivos convites VIP foram remetidos com antecedência, por via aérea, via um bando de competentes CARDUELIS CANNABINA, que são como toda a gente sabe os vulgares Pintarroxos, vencedores do concurso público para a entrega do H5n1 na Madeira.